Angustia


Olhos fechados
vislumbrando teu riso tirano
Algoz angustia
Faz do homem
um angustiado insano

Com os braços estendidos,
pés descalços tocando o solo
vagando nas profundezas
do ser e ser,
um Titã do próprio querer

Que deita na tortuosa estrada
concebendo idéias amareladas
as quais não passam de um triste ensaio
de uma mente desgastada
repleta de encruzilhadas

Na confusão e na contra-mão
a algoz angustia se torna companheira
Não confunde mais,
transformou-se na bela amiga traiçoeira
Agora percebeu o que mais lhe apraz
Um angustiado homem
que com teu riso
se satisfaz...

Guilherme Gonçalves

Rio de Janeiro 26/05/2009

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